Advento - tempo de preparação para o Natal

No próximo Domingo, dia 27 de Novembro, iniciamos o Advento, ou seja, o tempo de preparação para celebrar o Natal que marca também o início do novo Ano Litúrgico católico.

Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”. Começa com o domingo mais próximo da festa de santo André (30 de novembro) e dura quatro semanas.

O Advento está dividido em duas partes: as primeiras duas semanas servem para meditar sobre a vinda do Senhor quando ocorrer o fim do mundo; enquanto que as duas seguintes servem para refletir concretamente sobre o nascimento de Jesus e sua irrupção na história do homem no Natal.

Nas igrejas e nas casas das famílias são colocadas as coroas do Advento e acende-se uma vela a cada domingo. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote são roxos, como símbolo de preparação e penitência. A exceção é o terceiro domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no qual se pode usar o cor de rosa.

A fim de fazer sensível esta dupla preparação de espera, durante o Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na missa, não é proclamado o hino do Glória e a ornamentação dos altares com flores é feito de forma muito discreta ou até mesmo inexistente.

O objetivo destes simbolismos é o de expressar de maneira tangível que, enquanto dura a peregrinação do homem, falta-lhe algo para o seu gozo completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a Igreja terá chegado à sua festa completa, representada pela solenidade do Natal.

Muitos católicos conhecem o Advento, mas talvez as preocupações do trabalho, da escola, o stress das compras de Natal e preparação do presépio, fazem com que se esqueçam do verdadeiro sentido deste tempo. Por isso, é preciso recordar que a principal preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de Jesus.

No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como a vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer Cristo no rosto dos irmãos; a conversão, procurando consertar os próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direção ao Reino do Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria e José; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.